A Associação de Canoagem do Porto entra na temporada 2007/08 com a disposição de ser “a melhor a nível nacional”, mas, para tal, tem de conseguir criar novos clubes, como assume o presidente Joaquim Santos.
“Vamos continuar a desenvolver a nossa actividade junto dos clubes, sem nos sobrepormos à Federação, para fomentar a captação de novos valores”, afirma o dirigente da Associação de Canoagem do Porto (ACP), lembrando que, na última temporada, a I Divisão fechou com quatro colectividades portuenses, juntando-se mais duas na II Divisão.
Os destaques vão, inevitavelmente, para o CN Crestuma, que se mantém no pódio nacional, e para o Águas Bravas Clube, o melhor em Portugal na variante de slalom, mas há clubes jovens que têm vindo a consolidar estatuto.
Porém, o presidente afiança que “há a necessidade” de contar com mais colectividades.“Era importante conseguir captar novos clubes, pois o desenvolvimento da canoagem passa por aí. Mesmo em Gaia e Gondomar há condições para se instalarem mais equipas. A zona de Avintes, por exemplo, tem boas condições, como o plano de água e o areal”, reforça Joaquim Santos, citando como exemplo o CN Marecos, formação que, com três anos de existência, já conta com 14 campeões nacionais.
A solução para mais clubes pode ainda passar pelo reactivar de emblemas que foram deixando a canoagem, como o Vila Caiz, o exemplo mais recente, a ANDC Portus Cale e o Pinhoense. Outra necessidade passa por uma colaboração mais activa das autarquias, situação em o exemplo é o GC Alpendorada: “Já atingiu a maioridade e ainda não tem condições dignas, precisa de apoios mais concretos da Câmara do Marco de Canaveses”.
O Aventura Marão Clube é outra formação que “tem algumas dificuldades para ganhar expressão”, mas o caso mais “inacreditável” é o LigaDura. A equipa de Melres, “que continua sem instalações, tem resultados que a colocam na I Divisão”, como descreve o dirigente. Mas há mais situações: “O Rio Mau passou por dificuldades com as instalações na última época, mas estamos esperançados em que retome, esta temporada, a colaboração com a ACP para a organização de provas regionais”.
Em Gaia «residem» três clubes que vivem situações bastante diferentes. O CN Crestuma “continua a ser o melhor da ACP”, enquanto a CRP Arnelas “está em grande expansão” e o Gaia Kayak Clube “tem resultados visíveis nas camadas mais adultas”. Na outra margem do Douro, a CT-SMAS Porto “continua a recuperar de anos menos bons”.Subindo para Norte, Joaquim Santos resume ainda o estado dos dois clubes do rio Ave: “O Vila do Conde Kayak Clube está a apostar forte nos Torneios Abertos e o Clube Fluvial Vilacondense merece outro lugar no «ranking» nacional”.
Filiados há ainda mais duas formações: “O Saavedra Guedes, apesar de ser de Aveiro, tem bons atletas, o que ajuda a nivelar por cima o nível qualitativo dentro da ACP. O Águas Bravas domina em slalom”.A nível de competição, o presidente da ACP tem boas expectativas para a tradicional Maratona Internacional de Crestuma, que este ano é uma etapa da Taça do Mundo da especialidade, e o Slalom Internacional de Fridão.
notícia: O Norte Desportivo
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